O marketing sensorial utiliza os cinco sentidos para promover experiências sensoriais aos consumidores e assim conseguir criar uma conexão emocional com as marcas, empresas, produtos e serviços.

Ultimamente temos ouvido falar muito de marketing sensorial e da importância de oferecer uma experiência sensorial como forma de agregar valor às marcas e criar um diferencial competitivo, mas por que essa experiência é tão importante?

Com a evolução dos estudos de neurociência, envolvendo a utilização de ressonância magnética funcional (f-MRI), sabemos atualmente que de 85 a 95% das decisões de compra ocorrem de forma inconsciente e as áreas  do cérebro responsáveis pelas emoções é que são ativadas nesse processo de tomada de decisão. Estudos demonstram que a decisão é tomada de forma inconsciente cerca de 8 a 12 segundos antes de se tornar consciente (Knutson et al,  2007).

Isso ocorre porque o cérebro “automatiza” parte das decisões para que sejam tomadas de forma rápida, intuitiva e com o menor gasto energético possível. Para isso, a parte inconsciente do cérebro se baseia em experiências anteriores e percepções de eventos já vivenciados.

Por isso as estratégias de marketing sensorial ao criar um ambiente de experiências positivas para o consumidor consegue chamar a atenção do público-alvo, criar uma identidade para a marca e levar o consumidor a comprar os produtos e serviços oferecidos de forma inconsciente.

Essas estratégias abrangem desde o cheiro irresistível da pipoca no cinema para aguçar o olfato; a música ambiente que pode modular o tempo que permanecemos em uma loja; o toque macio do sofá da sala de espera de um consultório; as cores e formas das embalagens e até aquela simples balinha oferecida no balcão da oficina mecânica.

Tudo isso faz parte das estratégias usadas para criar um ambiente de experiência agradável para o consumidor e gerar memórias positivas que serão resgatadas nos processos de tomada de decisão que ocorrem predominantemente de forma inconsciente.

No entanto com a pandemia esse ambiente passou a ser majoritariamente digital, as pessoas foram impedidas de frequentar os ambientes físicos e as vendas pela internet dispararam e tendem a permanecer no longo prazo.

E agora? Como fazer para recriar este ambiente de experiência sensorial em um ambiente digital?

É aí que entram os “neurônios espelho”. Eles foram descobertos quase acidentalmente na década de 90 pelos pesquisadores italianos Rizzolatti e colaboradores ao estudarem a área pré-motora de macacos Rhesus.

Eles observaram que os neurônios espelho são ativados tanto quando um animal realiza um determinado ato, como quando observa outro animal (normalmente da mesma espécie) a fazer o mesmo ato. Desta forma, o neurônio imita o comportamento de outro animal como se estivesse ele próprio realizando a ação.

Isso explica por que não resistimos em abrir a boca quando vemos alguém bocejar, ou porque nossa boca enche de água quando vemos alguém saborear um alimento.

Alguns cientistas consideram este tipo de células uma das descobertas mais importantes da neurociência da última década e acreditam que seja de importância crucial na imitação e aquisição da linguagem pelos seres humanos.

A ativação dos neurônios espelho têm sido um dos principais recursos utilizados para recriar esse ambiente de experiência sensorial no ambiente digital, com imagens ou vídeos despertando o desejo de consumir o produto ou associando experiências positivas ao seu consumo. 

Vamos experimentar? Clique no vídeo abaixo e observe.

 

Deu para perceber que está quente? Agora clique no próximo vídeo:

 

E agora? Deu vontade de comer batatas? Clique para ver o próximo.

 

E esses momentos felizes? Te fizeram sorrir?

Percebeu a importância dos neurônios espelho e como podemos utilizá-los para ampliar a experiência sensorial no ambiente digital?

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Por Dra. Elaine Berges da Silva

REFERÊNCIA:

Knutson et al. Neural predictors of purchases. 2007. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1016%2Fj.neuron.2006.11.010